Mulher e presa após matar grávida, retirar bebê da barriga Suspeita do crime foi presa após matar grávida, retirar bebê da barriga e simular ter dado à luz para ficar com a criança em Porto Alegre, segundo Polícia Civil.
Causou choque até nos peritos mais experientes', diz delegada sobre caso de grávida morta por mulher que queria roubar bebê
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A Polícia Civil detalhou em coletiva de imprensa,
na manhã desta quarta-feira (16), a investigação
que resultou na prisão de uma mulher de 42 anos
suspeita de matar uma grávida para ficar com o
bebê em Porto Alegre.
Conforme a delegada Graziela Zanelli, responsável
pela investigação, a mulher, que não teve a
identidade divulgada, matou
Paula Janaína Ferreira Melo, de 25 anos,
retirou o bebê da barriga e simulou ter dado
à luz para ficar com a criança, cuja gestação
estava no nono mês, e não sobreviveu.
"Foi uma situação que causou choque até nos
peritos mais experientes", disse a delegada Graziela.
Na tarde desta quarta (16), a suspeita passou por
audiência de custódia. O juiz André Vorraber
Costa manteve a prisão da investigada.
A mulher foi levada ao Núcleo de Gestão Estratégica
do Sistema Prisional (Nugesp), a partir de onde
será decidido para qual unidade prisional ela
será encaminhada. A Polícia Civil pediu à
Justiça a prisão preventiva dela. A suspeita
deve ser indiciada por homicídio, ocultação de
cadáver e aborto.
Promessa de doação de um carrinho de bebê
Segundo a Polícia Civil, a vítima foi atraída
por uma promessa da suspeita de presenteá-la
com um carrinho de bebê. A delegada acredita
que o crime tenha sido premetidado.
"Teve ali um processo que a indiciada passou a
conquistar a vítima com doação de roupa de
criança e culminando no dia do desaparecimento
com a promessa de doação de um carrinho de bebê,
o que levou a vítima até a residência", afirma.
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Mulher é presa após matar grávida, retirar bebê
da barriga e simular ter dado à luz para ficar
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De acordo com a Polícia Civil, na noite da
última segunda-feira (14), a suspeita atraiu a
vítima até o apartamento onde vivia no bairro
Mario Quintana, cometeu o assassinato, retirou
o bebê da barriga e simulou um parto na sala do imóvel.
O caso começou a ser investigado entre segunda e
a noite de terça-feira (15), quando a família da
grávida deu falta dela e o Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu) levou a suspeita, junto
do bebê morto, até o Hospital Conceição, local em
que ela foi presa na madrugada desta quarta.
A mulher foi convencida por médicos a fazer exames,
o que até então ela vinha se recusando a fazer, que
apontaram que ela não podia ser a mãe – levantando
suspeitas da equipe hospitalar. A polícia foi chamada
em seguida e descobriu o que havia acontecido.
O corpo de Paula foi localizado envolvo em cobertores
debaixo da cama que fica em um dos quartos do apartamento.
Ele apresentava lesões na cabeça e também na barriga –
por onde o bebê foi retirado. Uma faca foi apreendida
no local – instrumento que teria sido usada pela suspeita.
Conforme relato do Samu à polícia, vizinhos da suspeita
entraram em contato por telefone para pedir ajuda para ela.
No local, a equipe médica encontrou a mulher em um
cenário que dava a entender que ela tinha dado à luz.
De acordo com a delegada Graziela, o parto foi simulado.
"Ela criou uma cena de que ela teria dado a luz,
na sala, com sangue e a criança entre as pernas
dela", conta a delegada Graziela.
"Ela preparou para a criança nascer no mesmo dia
do aniversário dela, 14 de outubro. A princípio,
inventou para toda a família e amigos que estava
grávida", relata a delegada.
A Polícia Civil identificou que a suspeita teria
adquirido um enxoval para o bebê, com roupas e fraldas.
Envolvimento do marido da suspeita
De acordo com a Polícia Civil, o marido da suspeita
acreditava que a esposa estava grávida. A mulher
teria se apropriado de documentos que encontrou
na internet e dizia que eram os exames que comprovavam
a gestação. Além disso, chegou a mandar fotos do
próprio corpo para o marido que sinalizavam com a gravidez.
No data do crime, o homem, que trabalha em uma
cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre,
não estava em casa. E quando voltou à Porto Alegre
quando soube do parto da esposa, não suspeitou que
dentro do apartamento estava o corpo de Paula Janaína.
"Nem a equipe do Samu percebeu pela forma como a
suspeita montou o cenário. O marido foi ouvido e
liberado", conta a delegada Graziela.
FONTE//G1
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